A derrota dos reis cruéis
1 Líbano, abra as suas portas
para que o fogo acabe com os seus cedros .
2 Chorem, pinheiros,
pois os cedros caíram!
Aquelas belas árvores foram destruídas!
Chorem, carvalhos de Basã,
pois a mata virgem foi derrubada!
3 Os pastores gemem e choram,
pois os belos pastos foram destruídos.
Os leões estão rugindo
porque as matas do rio Jordão foram derrubadas.
Os dois pastores
4 O Senhor, meu Deus, me disse:
— Seja um pastor e tome conta das ovelhas que vão ser mortas. 5 Aqueles que compram as ovelhas não são castigados quando as matam e, depois que vendem a carne, dizem: “Graças a Deus! Ficamos ricos!” Nem mesmo os próprios pastores daquelas ovelhas têm pena delas. 6 Também eu não tenho mais compaixão dos moradores de Israel. Vou entregar todos nas mãos dos seus chefes e dos seus reis. Estes arrasarão o país, e eu não livrarei ninguém do poder deles. Eu, o Senhor, estou falando.
7 Portanto, eu fui contratado pelos que compram e vendem ovelhas para cuidar das que iam ser mortas. Peguei dois bordões: um eu chamei de “Bondade” e o outro, de “União”. E fiquei tomando conta do rebanho. 8 Em um mês acabei com os três pastores, mas perdi a paciência com as ovelhas, e elas ficaram aborrecidas comigo. 9 Então eu disse a elas:
— Eu não serei mais o pastor de vocês. Que morram as que vão morrer! Que sejam mortas as que vão ser mortas! E que as que sobrarem comam umas as outras!
10 Depois, peguei o bastão chamado “Bondade” e o quebrei como sinal de que Deus tinha quebrado a aliança que havia feito com todos os povos. 11 Portanto, a aliança foi desfeita naquele dia. Aí os negociantes de ovelhas, que estavam me espiando, entenderam que o Senhor estava falando por meio daquilo que eu fazia. 12 Então eu lhes disse:
— Se estiverem satisfeitos, paguem o meu salário; se não, não paguem.
E eles me pagaram trinta barras de prata .
13 O Senhor Deus me disse:
— Ponha este dinheiro no tesouro do Templo.
Peguei o dinheiro — o ótimo salário que eles achavam que eu merecia — e pus no tesouro do Templo. 14 Depois, quebrei o segundo bastão, chamado “União”, como sinal de que estava desfeita a união de irmãos que havia entre Judá e Israel.
15 Em seguida, o Senhor me disse:
— Agora, faça o papel de um pastor que não presta. 16 Pois vou pôr um pastor para cuidar do meu rebanho, mas ele não vai se preocupar com as ovelhas que estiverem em perigo, não vai procurar as que se perderem, não vai tratar das que se machucarem, nem vai cuidar das que estiverem cansadas. Pelo contrário, ele comerá a carne das mais gordas e não deixará nem mesmo os cascos!
17 Ai do mau pastor, que abandona o rebanho! Que um dos seus braços e o seu olho direito sejam feridos pela espada! Que o braço fique paralisado, e o olho fique cego!
1 Abra as suas portas, ó Líbano,
para que o fogo consuma
os seus cedros.
2 Chorem, ciprestes,
porque os cedros caíram,
porque as mais excelentes árvores
foram destruídas.
Chorem, carvalhos de Basã,
porque a densa floresta
foi derrubada.
3 Eis a voz de choro dos pastores,
porque a sua glória foi destruída!
Eis o rugido dos leõezinhos,
porque o orgulho do Jordão foi destruído!
A parábola do bom pastor
4 — Assim diz o Senhor, meu Deus: Apascente as ovelhas destinadas para o matadouro. 5 Aqueles que as compram matam-nas e não são punidos; os que as vendem dizem: “Louvado seja o Senhor! Ficamos ricos!” E os pastores das ovelhas não se compadecem delas. 6 Certamente não terei mais compaixão dos moradores desta terra, diz o Senhor. Eis que eu entregarei cada um nas mãos do seu próximo e nas mãos do seu rei. Eles destruirão o país, e eu não os livrarei das mãos deles.
7 Apascentei as ovelhas destinadas para o matadouro pelos negociantes das ovelhas. Peguei dois cajados: a um chamei “Graça”, e a outro, “União”. E apascentei as ovelhas. 8 Em um mês destruí três pastores. Perdi a paciência com eles, e também eles se cansaram de mim. 9 Então eu disse:
— Não serei mais o pastor de vocês. Quem tiver de morrer, que morra! Quem tiver de ser destruído, que seja! E os que restarem, que cada um coma a carne do seu próximo.
10 Peguei o cajado chamado Graça e o quebrei, para anular a minha aliança, que eu havia feito com todos os povos. 11 Portanto, a aliança foi anulada naquele dia. E os negociantes de ovelhas, que estavam me observando, reconheceram que isto era palavra do Senhor. 12 Eu lhes disse:
— Se estiverem de acordo, paguem o meu salário; se não, deixem por isso mesmo.
Então pesaram o meu salário: trinta moedas de prata.
13 Então o Senhor me disse:
— Pegue esse dinheiro, esse magnífico preço em que fui avaliado por eles, e jogue para o oleiro.
Peguei as trinta moedas de prata e as joguei para o oleiro, na Casa do Senhor. 14 Depois, quebrei o segundo cajado, chamado União, para romper a irmandade entre Judá e Israel.
A parábola do pastor insensato
15 O Senhor me disse:
— Agora pegue os apetrechos de um pastor insensato. 16 Porque eis que eu levantarei na terra um pastor que não cuidará das ovelhas que estão perecendo, não buscará a desgarrada, não curará a que foi ferida, nem apascentará a sã, mas comerá a carne das ovelhas gordas e arrancará até os cascos delas.

17 Ai do pastor inútil,
que abandona o rebanho!
A espada cairá sobre o seu braço
e sobre o seu olho direito;
o braço ficará
completamente seco,
e o olho direito totalmente cego.